quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O ciclo em movimento

Depois de algumas semanas de férias, o corpo parece desobedecer algumas ordens do cérebro. Ainda que também demore um pouco a recuperar o ritmo normal das atividades rotineiras, a cabeça, ao contrário do corpo, não pode se dar ao luxo de atirar-se no primeiro sofá que aparece. Braços, pernas e tronco são chegados num relaxamento, numa preguiça. E conspiram contra a volta à normalidade do pensamento. Mas a cabeça é insistente, persistente. E, mesmo de recesso, funciona sempre.

No meu caso, volto com os neurônios em perfeita ordem, ou seja, agitados como sempre, ocupados como sempre, atarefados como sempre. Alguém pode estar se perguntando se eu, afinal, descansei no verão. A resposta é sim. E muito. Fora do eixo litorâneo das beldades colunáveis gaúchas (trata-se do perímetro que compreende entre Xangri-Lá e Torres, área em que grande parte das mulheres vão para a praia de salto 15 para impressionar), eu me diverti demais.

Muito bem acompanhado pela Me e pelo Filipe*, ocupei o corpo e a mente com muito sol, algumas ondas, muito calor, pizzas, anchovas e tainhas assadas, camarões, pãezinhos de padaria de praia (por que o pão de padaria de praia é melhor que o da cidade onde moramos?) e alguns bons churrascos. Tudo isso regado a muita risada, protetor solar, litros e litros de água e uma moderada cervejinha. Então, seria desonesto se dissesse que não descansei no período de férias. Descansei, sim!

O retorno, no entanto, faz parte das férias. Voltar ao trabalho complementa o ritual de tirar alguns dias de folga. Voltar das férias para lugar nenhum não faz sentido. No meu caso, deixei a areia para trás em troca das minhas turmas de Jornalismo na Unisinos e na PUC. Além disso, começo em março meu doutorado em Comunicação, também na PUC. Por si só, essas três atividades já teriam força suficiente para motivar meu retorno das férias. Dar aula e ser aluno são ocupações gratificantes para mim. Mas o meu trabalho também me traz uma porção de outras coisas boas: traz paz ao espírito, equilibra as minhas relações mais próximas, conduz os aspectos domésticos e, claro, perpetua a inquietude da mente, que já fica pensando nas próximas férias. Só para manter o ciclo em movimento.

* Hoje, dia 25 de fevereiro, Filipe, meu filho, comemora 4.015 dias de vida. Fili, muito obrigado por me fazer feliz há 11 anos.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Férias

Olá, queridos leitores.
Vocês perceberam que o blog não tem sido atualizado nos últimos dias. Por um motivo nobre: férias. Estarei de volta a partir de 18 de fevereiro.