segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nós, a ralé

A única coisa que se ouve nesse autoritário horário eleitoral gratuito é promessa. Promessa de tudo quanto é tipo. As juras vão desde o aumento do número de asilos (sim, número de asilos!) até a elevação do salário mínimo para R$ 1.500,00. Para ganhar o teu voto, eles dizem qualquer coisa. Prometem qualquer coisa.

Sem falar nas manifestações oportunistas. Quando os candidatos estão numa lavoura, dizem que vão impulsionar a agricultura familiar. Se estão num hospital, prometem verbas para ampliação de leitos. Em uma universidade, garantem que têm projetos para os jovens. Quanta bobagem.

Admito que me desiludi. Durante anos, gastei saliva conversando sobre política, discuti, debati, votei. Mas não acredito mais nessa gente. Gente que, de norte a sul do país, faz piada com o dinheiro público, dinheiro que é retirado dos impostos que pagamos. Gente que dá gargalhada de pernas para o ar enquanto nós, a ralé, batalha firme acreditando num mundo melhor.

Acho que estou ficando velho. Eu não acredito em político nenhum. Por isso, voto nulo.