sexta-feira, 16 de abril de 2010

Saudade do mar

De tudo o que a natureza nos deu, o mar é a melhor de todas. O espírito se renova no mar. A cabeça se refaz. O corpo recarrega a energia. A vida se solta. Mas não é qualquer mar que sensibiliza meu espírito, faz a minha cabeça e dá vida nova ao meu corpo. Tem que ser o mar da Praia do Rosa, do Ouvidor, da Praia do Silveira, da Ferrugem, na região de Garopaba e Imbituba, e da Joaquina e do Campeche, em Florianópolis.

Com todo o respeito ao litoral gaúcho, que durante os anos da minha infância me serviram de esteio nos dias quentes e frios, o mar gaúcho é uma calamidade. Um mar que quando está claro vira manchete da edição de segunda-feira dos jornais não é um mar que se preze. Quando dependemos da exceção para sorrir é porque a regra é pesada demais.

Desde sempre ouço que o mar do Rio Grande é escuro por causa de um certo tipo de alga e também devido aos ventos fortes, especialmente os de sentido nordeste. Com a ventania, fundo arenoso é revirado e acaba por se misturar com a água já não muito clara. Seja como for, esses fenômenos acontecem aqui com frequência e me desestimulam a visitar os 640 quilômetros do litoral gaúcho.

Não lembro quando entrei no mar pampeano pela última vez. Mas faz mais de 15 anos, disso eu tenho absoluta certeza. Neste período, estive em muitos lugares. O melhor deles, no entanto, é a Praia do Rosa. Ouso dizer que o Rosa é a minha praia. O João Bento, amigo querido de tantos anos e que vive a 200 metros da Lagoa de Ibiraquera, em Imbituba, costuma dizer que o Ouvidor é a minha praia. Também é. Escrever sobre o mar, a Praia do Rosa e João Bento ajudou a amenizar a saudade do mar. Mas não é qualquer mar.

* A foto é da Praia do Silveira, em Garopaba, tirada pelo meu primo, Tiago Gutermann, surfista de primeira. A partir de agora, a imagem ficará sempre exposta no cabeçalho deste blog.

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