quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Dona Tita, uma leitora

Quem vive da escrita depende, fundamentalmente, de leitores. Não há texto sem leitor. Desde 1991, quando comecei a escrever profissionalmente no jornal NH, em Novo Hamburgo, ainda como estudante de Jornalismo, compreendi a importância do leitor. É ele, e ninguém mais, quem escolhe o que quer ler. É uma opção individual, solitária, mas, ao mesmo tempo, definitiva para quem escreve.

Cada vez que coloco um texto para publicação, fico pensando se os leitores irão gostar do que escrevi ou se compreenderão o que quis, de fato, dizer. Nunca tenho a pretensão de achar que o leitor irá concordar com o que escrevo. Depois de lido, o texto não é mais meu. É de quem lê, que faz o que bem entender com o que escrevi. O leitor forma o seu próprio pensamento sobre a minha opinião.

A internet potencializou a força do leitor, que agora não apenas tem ainda mais autonomia para ler o que quer como o faz do jeito que quiser. Mais que isso. A internet proporcionou uma há até pouco tempo inimaginável aproximação entre leitores e escritores ou jornalistas. Há alguns meses, por exemplo, recebi um e-mail de um artista plástico brasileiro que vive na Itália e que, sei lá como, acabou lendo este blog. Eu nunca conversei com este artista. Nunca tinha ouvido falar dele. E talvez ele também nunca tenha ouvido falar de mim. Este é o mistério da internet. Encontramos temas, coisas e pessoas que antes não conseguiríamos não fosse a magia desta rede mundial de comunicação.

Há poucos dias, ganhei uma nova leitora: dona Tita. Ela mora em Taubaté, interior de São Paulo. Fiquei sabendo que ela tem lido os meus textos. Ainda não se animou a escrever comentários sobre o que lê neste espaço. Talvez esteja preocupada com o seu próprio texto, com algum eventual erro de pontuação ou coisas assim. Não se preocupe com isso, dona Tita. Escreva o seu comentário sempre que achar que deva fazer isso. Dê a sua opinião sobre o que a sra. lê aqui. O que importa, para quem escreve, é que, de alguma forma, o texto gere sensações no leitor. É isso o que vale, dona Tita. Obrigado por acessar o blog.

7 comentários:

Anônimo disse...

Oi Juan!

Também acho que a internet aproxima as pessoas ou pelo menos permite um contato anteriormente impossível devido as distâncias.

Me surpreende a forma como pode tornar popular uma pessoa anônima ou popularizá-la sem nunca tirá-la do anonimato, imagino quantos leitores do seu Blog, neste momento, já sabem que em Taubaté, tem uma senhora lê seus textos. Que sensações seus textos causam, ainda não lí todos mas este me fez pensar.

Conheço pessoalmente, a D. Tita e tenho certeza que em breve ela estará postando alguns comentários.

Um forte abraço.
Magda

Anônimo disse...

Magda, muito obrigado pelo comentário. É sempre bom ler a opinião das pessoas que lêem o blog. Escreva quando quiser.
Abraço,
Juan

Pedro Barbosa disse...

Fala Juan, muito bom o texto sobre a Dona Tita. É verdade, a internet tem este poder de aproximar as pessoas. Mas mais do que isso, creio que ela também deu ao leitor a possibilidade de divulgar suas idéias, contrapor e questionar a opinião de quem escreve.

Antes do advento da internet, os leitores tinham poucos recursos para falar com seus escritores ou colunistas preferidos. Hoje, é comum estas mesmas pessoas terem blogs ou páginas de internet. Daí facilita, o leitor dá sua opinião sobre as histórias, como a Dona Tita. O que também ajuda o próprio escritor a saber se foi entendido ou não.

Abração.

Ah! Acabou a moleza. Chega de surf na praia do Rosa...Hora da labuta..ahahah

abração.

Anônimo disse...

Grande Pedro! Para o jornalista, o maior retorno é ler o que o leitor pensa sobre o que ele escreveu. Pode ser crítica, pode ser um elogio. Tudo serve, desde que o leitor se manifeste. Muito obrigado pelo comentário, Pedro. E vamos à luta que 2009 já começou...

Anônimo disse...

caro juan!
ainda estou encantada,com seus
contos.já os lí todos. me divertí
também!tenho uma mania ,que é desde a minha infancia,ler.
leio rótulos,cartazes,jornais novos
velhos.para mím leitura não tem idade.são sempre novidades.
mas os contos de nova york, seperou o che guevara.gosto não se discute.é vero
gostei das suas aventuras,pena que não continuou,gostaria de estar em seu lugar.vc nasceu para brilhar ,dentro e fora do país
como dizes, em seus contos de nova york.tens uma estrela a te guiar
abração em teu coração!

tita borges

JMD disse...

Dona Tita, querida. Fiquei emocionado com o seu comentário. Mesmo pra mim, acostumado a escrever, é difícil de expressar o que senti ao ler o que a sra. escreveu sobre os meus textos neste blog e também sobre os contos de Nova York.
Eu também prefiro os contos de NY aos textos sobre Che Guevara. Até porque os de NY fazem parte da minha história, da minha vida. Che Guevara foi apenas um objeto de estudo do mestrado, faz parte de uma pesquisa em Comunicação.
De qualquer maneira, o que mais importa aqui é que a sra. leu e se divertiu com os textos. É bom quando o leitor entra na história de quem escreve. É isso o que eu procuro fazer: colocar os leitores dentro da história para que eles, de alguma forma, façam parte dela.
Muito obrigado pelo seu comentário e pelas palavras de carinho e incentivo. Um grande abraço dona Tita.
Juan

Unknown disse...

Como é bom ter um leitor fiel que ao menos tenha curiosidade sobre os teus textos. É muito gratificante mesmo ter este retorno! Claro, tu mereces essa fidelidade pq os textos são muito bons.